quarta-feira, novembro 28, 2007

Muito pra mim ainda é pouco.

acho que preferia que tivesse deixado o amor adormecer. ele ficaria com as boas lembranças, com o carinho nutrido da amizade e a esperança de caminhos felizes. por ora, ele se alimenta mal dos erros cometidos, se acompanha do ciúmes e da insegurança e vive com medo de ficar só. fugi dos seus planos solitários. fugi disso que me causa angústia. desse pouco que me sobra. sai pela porta certa que não voltaria mais. mas você encantou meus ouvidos com promessas e sonhos, que foram fulgaz. o que fazer quando se esta certa, querendo esta errada? se pode amar sem ter paz? já nem sei dizer que não quero. amo um amor não sabe pedir perdão.

renatamar.

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porque é mais fácil acreditar em ações do que em palavras.

domingo, novembro 25, 2007

Traição


isso que me deixa o coração sem alma.
que me arranca do ventre cheio, a vida.
que seca meus olhos
fere minha pele
parece canção triste
preparação pra guerra
são os vestígios de seus últimos dias
em minha terra.

renatamar.

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Faz dias que canto pra espantar essa tristeza que você deixou como sobra de amor.

quinta-feira, novembro 22, 2007

Viagem breve


O sono não chega sabendo que você parte em breve
que depois outra cama te aquece
outros lábios te beijam.

A mente não se acalma
quando tudo te deslumbra
e meu corpo já não te basta.

As palavras despejadas em fúria
são o inverso do que guardo em mim.
Elas só servem pra me defender
disso que não sei dizer.

As passagens já estão compradas.
Segue teu rumo, acompanha teu destino
logo aprendo que amor também é parte da solidão.

renatamar.

quarta-feira, novembro 21, 2007

dois e dois

De olhos

bem fechados
procuro a melhor
palavra para
sussurrar
nos seus ouvidos
brancos
e ver a sua boca
vermelha sorrir
e os seus olhos
claros brilharem
enquanto
te abraço
e penso
que talvez
você seja
a outra
metade
da minha
solidão.


Fábio Faria

terça-feira, novembro 20, 2007

Anjo

Nesta cama
ri com as histórias de Pedro Malazarte
deitei com o historiador do meu corpo
conheci mutantes.
Só me faltam teus braços,
semideus da força,
pra me tornar guerreira
a frente de tua batalha.

renatamar.

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porque a gente passa um tempo tentando encontrar. e quando acha. as vezes tem medo de assumir as consequências. porque só se conhece paz depois da guerra. foi assim: uma vez nos encontramos mas nos afastaram. outra nos achamos e nos perdemos. decisões firmes e ações dolorosas. escolhas que tiraram dos nossos caminhos felicidade e tristeza certa. se um dia você voltar, eu digo que te amo.

segunda-feira, novembro 19, 2007

Maré Alta

Se partires, não me abraces - a falésia que se encosta
uma vez ao ombro do mar quer ser barco para sempre
e sonha com viagens na pele salgada das ondas.

Quando me abraças, pulsa nas minhas veias a convulsão
das marés e uma canção desprende-se da espiral dos búzios;
mas o meu sorriso tem o tamanho do medo de te perder,
porque o ar que respiras junto de mim é como um vento
a corrigir a rota do navio. Se partires, não me abraces -

o teu perfume preso à minha roupa é um lento veneno
nos dias sem ninguém - longe de ti, o corpo não faz
senão enumerar as próprias feridas (como a falésia conta
as embarcações perdidas nos gritos do mar) ; e o rosto
espia os espelhos à espera de que a dor desapareça.

Se me abraçares, não partas.


. [ M a r i a d o R o s á r i o P e d r e i r a] .

sexta-feira, novembro 16, 2007

fluido.gelo.vapor.


porque teus princípios são feitos de partidas
e o vôo é falta de um lugar pra pousar.

como seguir a água se ela sempre se transforma?


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renata.mar

domingo, novembro 11, 2007

pra quem tá quente, cor.


a preciosa rocha que abre
do amarelo do teu corpo: é luz!

otto.

quarta-feira, novembro 07, 2007

Buda

De tão natural
quase não ouço o som que toca.
Naynhambi - batidas do coração.

Homem-mar.


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renatamar