quarta-feira, maio 31, 2006

...

Tanta coisa por dizer.. e o que habita é esse silêncio ensurdecedor..
Som dos passos medidos -
intervalo das palavras mal ditas.

Tanta coisa por viver .. e essa certa incerteza ..
Dúvida da decisão: o que há entre sim e o não ?

:: Renata Mar ::

terça-feira, maio 30, 2006

Caminho

Se for um desejo .. eu peço pra me guiar

Se for um segredo.. eu deixo me carregar

Se faltar coragem .. eu rezo pra abençoar

(...)

Se tá me levando, eu não vou duvidar .

(Katia B.)

sábado, maio 27, 2006

Viva a cultura Potiguar!



Eu vou cantar aqui agora
A Cultura Potiguar
Que veio de uma mistura
Vem do rio e vem do mar
Vem correndo pelas veias
E saindo do pensar
É rock end Roll, forró e samba
Embolada e baião
O coco de Chico Antônio
A rebeca de Fabião
O folclore do nordeste
Aqui na palma da mão

Eu vou cantar, eu vou cantar
Viva a Cultura Potiguar!



Na Ribeira do Potengi
Todo mundo vem notar
Vem gente de todo lado
Veio nego até da lua
Todo mundo quer saber
De onde vem essa cultura
É hip hop, soul e zambê
Hard core, reggae e blue
Embolada e baião, o xaxado do sertão
O folclore do universo
Aqui na palma da mão

Eu vou cantar, eu vou cantar
Viva a Cultura Potiguar!

Inácio da catingueira
Criado de João Luiz
É doutor preto formado`
E vigário da matriz
Tanto fala como “abóia”
Como sustenta o que diz
Por isso é “cabra” de fama
Por isso sabe cantar
É, por isso que eu digo
Só lá sabe “aboiar”

Eu vou cantar, eu vou cantar
Viva a Cultura Potiguar!



:: Música - Nêguedmundo :: :: Fotos - Rodrigo Sena ::

quinta-feira, maio 25, 2006

Beco vivo



Na cidade do Natal, no Rio Grande do Norte, ali nas proximidades da praça dos poderes, onde está localizada a sede da Prefeitura da cidade e a Assembléia Legislativa, existe uma rua, ou melhor, um beco que escoa poesia, música, artes plásticas e qualquer tipo de manifestação, indagação ou inspiração.

O beco, quintal de espetáculos mirabolantes da política de curral que nos assola, é maldito, pragueado e ao mesmo tempo amado incondicionalmente pelos seus moradores e freqüentadores.
Quem ainda não teve a ousadia de cruzá-lo vai ter a oportunidade de assisti-lo. Em breve.

:: Documentário do Curso de Câmera, cinema, vídeo e direção de documentário - by Carlos Tourinho ::

quarta-feira, maio 24, 2006

segunda-feira, maio 22, 2006

(DES)encontros

Amores vividos, partidos e repartidos
desfeitos - nós desamarrados.
Amores mundanos, constantes, insanos
Amores diversos. Amores perversos!
Amor reprimido. Amor dividido.
Amor com(a)plicado(r)
Tudo é amor
mesmo qnd vira dor:
é dor de Amor.


:: Renata Mar ::

domingo, maio 21, 2006

Sussuro

Prometo não mais te incomodar ..
não tocar mais no assunto
não mais cogitar a idéia, o fato
nem a possibilidade.
Prometo não te querer mais
Me comportar, me comprometo!
Prometo não te olhar mais daquele jeito
e não mais sorrir daquele modo.
Prometo, se você fechar os olhos ...

:: Renata Mar ::

quarta-feira, maio 17, 2006

O Beco é um mundo

:: Foto - Hugo Macêdo ::
:: Poesia - Amir Massud ::

// Beco da Lama, perímetro urbano abençoado pelos orixás, no Centro de Natal // Ainda que consagrado pelo tempero libertário, o universo do Beco da Lama é democrático. Principalmente quando o assunto é o convívio humano. A rotina da região é feita sem distinção. Da anarquia à direita. Da esquerda ao que sobrou do paraíso. É onde o guardador de carros e o deputado passam para tomar a saideira antes de voltar para casa // Beco da Lama, reduto poético, literário e etílico do centro de Natal // Lugar da boêmia natalense: onde a alma da cidade está guardada e em constante pulsação //

:: trechos de textos encontrados na internet ::


I MPBeco - Festival de música do Beco da Lama
Sábados (20 e 27/05)
Apartir das 15h30

terça-feira, maio 16, 2006

A ilusão é um estado de vapor

Meu coração é uma máquina de escrever ilusões ...

:: Mathilda Kovak e Luís Capucho ::

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As ilusões as vezes nos preenche os dias de uma cor lilás - ou verde marinho - que de tão bonito não queremos acordar. Outras vezes nos confunde quando pinta o céu de um tom cinza - quase preto - imutável!


A ilusão é como vapor. Um estado físico.Uma passagem constante. Você não vê (nem sente) mais ela de repente passa de-um-estado-para-outro! Mudança. Intervalo.

Quando a ilusão termina, é como limpar as lentes. Voltamos a enxergar somente as cores primárias - um choque na vista! Mas depois que ela se transforma, é o momento certo (de) compor novos filtros.

>>

domingo, maio 14, 2006

Guardiã

Aqui se anunciam fragmentos
Aqueles que as flechas mostraram
aos marinheiros que fortificaram a cidade por diversas vezes,
aqueles que trouxeram para o porto
a carne e o algodão,
aqueles que furaram o chão
em busca de famosas ricas pedras,
e os que mandam para as mesas das terras de Ulisses
frutas,
os que têm o sal do mundo
eu sou o específico
eu sou o comum da luz que brilha na esquina
eu sou cada vez mais
o nome próprio que no Nordeste se finca
Potiguar me chamam

:: Humberto Hermenegildo ::

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.: Hoje dedico esses versos aos meus pais, meus guardões. Pela vida! Por me ensirarem .. por me amarem :.

sábado, maio 13, 2006

O poeta é repórter



(...)

o poeta é repórter

de tudo que é passado

e nas gavetas do tempo

deixa um arquivo guardado.

(Zé Saldanha - cordelista norte riograndense)

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:: Início da noite no beco da lama (I MPBeco), muita música, poesia e gente maluca .. O lugar respira e inspira arte, versos e interpretações. Lugar de amigos e desconhecidos. Um gole, queijo de coalho assado, fumaças .. câmera e ação! ::

Proesia Por ti guar

Micro. Fones.
Macros Homens
Nada!
É apenas ofício. Difícil...
Vozes se fazem instrumentos. Ora, quem precisa de vozes?
Um leve estalar das mucosas internas,ruidosas nas primeiras sílabas
já fazem música.
Di dia. Ou Di noiti

Noite!
Preferível assim, a areia geladinha. Gostosa!
a quentura fica por conta das brasas.
Fumaça. Um volume grande dela adoçando cérebros; adocicando olhos;
ruborizando bocas; Confundindo miocárdios.
Causando sorrisos...
Só risos!
Risos só...
Só!

Pronto!
Um erro. Erro certeiro.
Mais um dia, assim, o melhor de todos
Sala de aula, poisUm fracassado sol se pôs
Apressado! Desgraçado, isso sim...
Uni(diversificada) a comunicação
Comunicando ação do lado de Fora do Eixo

Em dado momento
Ruídos de desalento
Dois ouvidos bem atentos
E um rosto molhado
E um coração puto, apertadinho, mas muito bem disfarçado
Batendo amargo
Onde não batia mar.

Mais risos
Desejos escondidos
Essa foto não, hômi!

Um veículo confuso.
Um confuso adentra o veículo.
Entendendo(?)
o pedido de calma
de um a contragosto beijo no rosto (apenas)

Sobram versos, afinal
Versos por ti
Versos poti
guares!
De lugares tão distantes
não tanto
quanto antes
Porém ainda distantes.

Pela janela fito o céu.
Me encontro à altura dele.
Mas, definitivamente,
não é onde queria estar...

(Ney Hugo - Macaco Bong / MT)

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quarta-feira, maio 10, 2006

segunda-feira, maio 08, 2006

O encanto do Uirapuru

"Um jovem guerreiro apaixonou-se pela esposa do grande cacique. Como não poderia se aproximar dela, pediu à Tupã que o transformasse em um pássaro. Tupã o transformou em um pássaro vermelho telha, que à noite cantava para sua amada. Porém foi o cacique que notou seu canto. Ficou tão fascinado que perseguiu o pássaro para prendê-lo. O Uirapuru vôou para a floresta e o cacique se perdeu. À noite, o Uirapuru voltou e cantou para sua amada. Canta sempre, esperando que um dia ela descubra o seu canto e o seu encanto."


.. já faz um dia que eles se despediram. Ela ainda guarda na boca palavras soltas. A despedida foi sem olhares demorados, sem garantias, sem graça. Um beijo roubado no canto da boca, meia volta e nenhuma palavra que traduzisse a sintonia, a sincronia, o desejo insaciado. Comprometidos, os laços da distância apertam os nós. As palavras e as movimentações discretas não preencheram a vontade. Nessas horas a sensação é de saudade do que não existiu completamente.

Durante o último encontro ele segredou o desejo de tê-la. Foi dito baixinho ao pé do ouvido.. os olhos faiscaram, seus rostos se cruzaram, suas bocas se aproximaram.. mas alguém resistiu. Em que pensavam? Se desconheciam..

Agora fazem algumas horas que ele vôou. Nada mais pode acontecer.. Além das palavras soltas e secas na boca ela sente uma imensa vontade de se tocar. Deseja as mãos, a pele, os olhares, os cabelos, o cheiro do 'passageiro' . Ouve sua voz repetindo: fazer amor com você!

Navegam devagar os dedos pela nuca, de tão excitada ela sente o calor que ele provocava. Sob a penumbra avermelhada da sala, fecha os olhos, se encosta no sofá.. movimenta o corpo levemente num ritmo empolgante, como se dançasse ao som de sua imaginação . Sem vergonha ! As mãos percorrem o contorno do corpo. Os sons se confundem dentro e fora de si. Ela sorri devagar e escancaradamente sentindo um gozo profundo e intenso.

Se sente mais leve. Gosta de se imaginar. Passeia nua pela casa. Se aproxima da janela. Observa o céu, o brilho das estrelas, o caminho das nuvens, o movimento dos planetas. De tão plena ouve o barulho do mar lá longe.. por algum tempo esquece dele. Talvez já seja o tempo passando .. e as horas encarregadas de levar as lembranças fazem a sua parte ..

Na madrugada quando deitou a cabeça sobre o travesseiro pode ouvir o som do vôo do pássaro noturno indo para longe, voltando para casa - e sonhou que ele também tem o desejo de lhe reencontrar de alguma forma.

Eu e os outros

Estar entre os outros
é um estado coletivo

(coleto-seletivo)

Estar consigo mesma
é um estado permanente(mente)

progressivo.

.: Renata Mar :.

domingo, maio 07, 2006

Pós-MADA

E pra quem ficou curioso ou com um 'gostinho de quero mais' o FÓSFORO BAR garante um encontro dos BARULHO AGRAVÉIS produzidos durante os três dias de festival : hoje os músicos potiguares vão misturar seu ritmo aos contemporâneos do 'instrumenal erótico' MACACO BONG (MT) e ao 'Elektro Funk Dub Social' nortista do COLETIVO RÁDIO CIPÓ (PA).

FÓSFORO BAR
APARTIR DAS 18HS

sábado, maio 06, 2006

Desconfigurado

Sou um animal geneticamente
modificado que luta para preservar
o instinto das ordens invisíveis do espaço.

(Trecho da poesia de Rogério Hühn Filho (PA) - Livro: Kalangueando)

quarta-feira, maio 03, 2006

MADA - Música alimento da alma -

>> PALCO
Um dos maiores festivais de música do Brasil começa a fazer barulho amanhã. Durante os três dias ( 4, 5 e 6) 24 bandas “indies” de 10 estados diferentes vão alimentar a alma da taba 'poti'. Dessas, 8 são da casa como Neguedmundo, Du Souto, Agregados, Zero8quatro, The Automatics, Os Bonnies, Revolver e Seu Zé. Entre as atrações nacionais algumas delas pisarão na cidade do sol pela primeira vez, como a gaúcha Cachorro Grande (sexta) e os paulistas do Pavilhão 9 (quinta). Escalada novamente, O Rappa, que encerra a noite de quinta-feira, já é figurinha fácil no circuito de shows da cidade. A baiana Pitty, espécie de cria do festival, volta agora como sensação nacional encerrando a noite de sexta. Nando Reis e Biquíni Cavadão fecham a "grande lista", ambas no sábado.
>> FEIRA MIX
Ponto de encontro. Espaço alternativo de som, moda e imagem.
'Mixtura' de sebos, bazar, tatoo, instalação, artistas, artesões e selos da música potiguar.
>>TENDA ELETRÔNICA
Acompanhando o movimento. A tenda eletrônica do festival cresce e aumenta a participações dos djs que garantem o som até depois do sol raiar. Circulam na tenda 18 DJs entre revelações locais, nacionais e internacionais. Entre eles os 'potis': Magão (indeRock), Eddy (tribal), Gunner (psy), Hugão (tribal house), Felps (eletro house), Tennishi (tribal techno), Koti (trance), Luna e Edu Gomez na guitarra e pra encerrar o festival a psicodélia de Claudinho.