terça-feira, janeiro 31, 2006

Totem



Xamanismo

Desde a antiguidade, existem rituais onde os homens e animais se fazem presentes.

Os animais estão mais próximos do que nós da Fonte Divina por serem míticos, oníricos. Ao compartilharmos de sua consciência animal transcendemos o tempo e o espaço, as leis de causa e efeito. A relação entre homem e animal é puramente espiritual, pois nosso instinto animal é mais forte e menos racional por serem manifestações dos poderes arquétipos do ser humano. Quando identificamos o animal de poder, fortificamos o vigor físico e mental, aumentando a disposição e o conhecimento.

Elefante -
Longevidade, inteligência, memória ancestral, proteção, auto- suficiência e comprometimento. O elefante nos ensina a força da gentileza, do comprometimento e da comunicação nos relacionamentos. Eles são completamente envolvidos com todos com quem ele possuem
qualquer tipo de relacionamento. Eles são poderosos ao proteger e gentis ao cuidar.

domingo, janeiro 29, 2006

Como gosto

Como gosto de pensar
Achar resposta
Sem parar
Não decidir nunca
Antes de botar à prova
Toda pergunta
Cada resposta

.: Rogério Homem .:



>> Música Pernanbucana! Afro beat. No som, Bomsucesso Samba Clube (PE) - e o novo cd - "Tem arte na Barbearia". Belo trabalho : a atmosfera do cd, é um convite irrecusavél para passear nos 4 cantos de Olinda com encontro marcado com uma figura singular local- o barbeiro Isnar Colombo. O som dos caras canta o cotidiano contemporâneo, embala e balança e também retoma as raizes históricas de Olinda. Quer coisa mais autêntica? <<

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Cronos - Deus do Tempo



E como o ciclo sempre recomeça. Uma poesia pra nos contar do ..
RETORNO DE SATURNO

Saturno veio colher as romãs
brasas no pomar
Vivo nua pela casa leio cartas,
fecho as portas
Saturno me espia pelas frestas
me sussurra nomes feios
vivo cheia de varais
lampiões e pássaros acesos
Parece que estou esticada
entre dois abismos
entre dois homens
entre dois vendavais
Abro a janela
encaro o deus
me vejo nos seus olhos
me vejo dentro dele
Quando é que esses olhos irão me acordar?
Quando é que irão me levar?
Quieto no seu canto
Saturno me estende a mão e um cálice
e é como se a vida chegasse
silenciosa e indolor
como os milagres

.: Iracema Macêdo (poetisa potiguar)

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Astrologia

O Retorno de Saturno

Saturno, ou Cronos, o deus do Tempo na mitologia greco-romana, é conhecido pelos antigos como o “grande maléfico”. Também não era pra menos. O assunto de que ele trata não é de forma alguma confortável: responsabilidade, assumir compromissos, optar pela maturidade.
Saturno completa o seu ciclo em mais ou menos 28 anos, e nos influencia de forma contundente de 7 em 7 anos, a partir da data do nosso nascimento. Quando nascemos, registra-se em nosso mapa astral o ponto do Zodíaco aonde Saturno estava. Sete anos mais tarde, ele está a 90º daquele ponto, formando a primeira quadratura - é quando mudamos a dentição e damos o primeiro passo no sentido de estruturar a personalidade.
Mais tarde, aos 14 anos, é hora de abandonar a infância e entrar na adolescência. Aos 21 chegamos à maioridade reconhecida legalmente e conquistamos novos direitos e deveres, mas é aos 28 anos que vivemos o tão falado “retorno de Saturno”- hora em que o planeta passa pelo ponto do céu aonde estava na ocasião do nosso nascimento. Astrologicamente, este é um momento relacionado à depressão, a um sentimento de opressão social, a sensação de que não daremos conta das responsabilidades herdadas da cultura em que nos criamos.Porém nem sempre é assim.Se pensarmos em Saturno como um personagem ele seria uma espécie de “tutor”, alguém que de tempos em tempos vem nos cobrar realizações.
Se conseguimos nos tocar aos 21 anos e começamos a caminhar para assumir aquilo que é responsabilidade nossa, quando Saturno chegar (aos 28 anos), não será para “puxar nossa orelha” mas sim para nos dar uma força, para ajudar-nos a nos estruturar internamente. Quanto mais relutamos em aceitar a maturidade e todas as suas implicações, tanto mais dura será para nós a experiência do retorno de Saturno.
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quarta-feira, janeiro 25, 2006

Arte Oriental dos quadrinhos

Traço rápido e simples, personagens de olhos grandes, expressões muito bem definidas, com direito a gotas de suor e sangue, uma certa dose de violência (que tem sua raiz cultural no código do Samurai) e até mesmo uma sensualidade comedida.

Estilo de quadrinho japonês, o Mangá, é mais uma opção de leitura para os jovens brasileiros. Aqui em Natal, por exemplo, a curiosidade e o interesse tem afinado a galerinha com a cultura "do outro lado do mundo". A estética dos quadrinhos é, sem dúvida, um grande atrativo. Com todas as vantagens de um livro, tem o diferencial de ser mais rico em ilustrações.
Quem pensa que esses quadrinhos são direcionados apenas para os leitores mais jovens está enganado. Existe uma variedade imensa de publicações voltadas para o público adulto. Roteiros carregados de suspense, ação, paixão, heroísmo e épicos, dentre outros, ganham cada dia mais espaço nas prateleiras, que fazem viagem ao mundo fantástico das histórias em quadrinhos.

E onde encontrar? A Reinos Games Story, é a única livraria especializada nesse tipo de literatura em Natal e ponto de encontro dos colecionadores de quadrinhos e animes. Mas jé é fácil encontrar em bancas de revistas. Outra aliada dos fãs, é a internet, eles formam clubes virtuais para buscar e compartilhar material inédito.
Seguindo a ordem inversa, a febre dos desenhos japoneses no Brasil , teve início com o anime - desenhos adaptados para o vídeo ou cinema. Que por sua vez apresentou nas trilhas sonoras : o Rock Japonês. O estilo musical vem ganhando adeptos na Cidade de Sol, que já tem duas bandas formadas: Pandora no Hako e Saigoni.

Cantando, literalmente, em japonês as bandas fazem apresentações em eventos do gênero e na Universidade. O repertório é escolhido entre os animes que os músicos assistem e pesquisas na internet. Há quem realmente não entenda nada do que está sendo dito, mas sem dúvida o rock da Terra do Sol Nascente tá conquistando espaço na Cidade do Sol.

terça-feira, janeiro 24, 2006

Inquietação

E o amor então acaba?
Paulo Lemiski

Para a ausência de seus afetos
e a frieza de seus abraços
Eu digo não, eu não quero!

Para a eterna falta de tempo
a incompreesão de meus gestos
a escassez de suas palavras
Eu brando basta, eu não quero mais!

Para o silêncio sepulcral
Para a olhar desdenhoso
Pra o falso sentimento
Eu grito sai, não satisfaz!

Para a hora exata de seus caprichos
Para as horas fora de hora
Por agora
Eu grito chega, me deixa em paz!

.:Renata Mar:.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Oração para Oxalá

Aos espíritos da Terra,
eu peço humildemente
para que eu tenha abundância
em meu destino;

Aos espíritos da Água,
eu peço humildemente
para que eu tenha equilíbrio emocional
e
tranquilidade espiritual;

Aos espirito do Fogo,
eu peço humildemente
coragem, peristência, tolerância
força e iniciativa física;

Aos espiritos do Ar,
eu peço humildemente
que eu saiba compreender
os ensinamentos do dia-a-dia,
que eu saiba me comunicar com os
outros a minha volta
e que eu possa entender
as palavras da minha intuição.


Quando não se tem mais o que dizer?
Fazer o quê?
Quando as palavras não traduzem verdadeiramente o sentimento.
Como explicar?
Quando o medo paraliza. Qual deve ser o próximo passo?
Quando se deseja ser invisivél. Como agir?
Quando se pergunta demais. Como concluir ?
Depois de acordar do sonho.
Pra quê lembrar?

Avisto a imensidão do que pode ser
enquanto encaro a exitadão do que é.

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ..

O céu sem lua é tão lúgrube


:.Renata Mar:.

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Respeito


(...)

Convoco os jovens para que abram suas mentes e preparem seu futuro de velhos. Só assim chegarão à velhice com a dignidade e a sabedoria que torna os velhos realistas, felizes e seguros. Seus preconceitos de hoje, se existem, os tornarão certamente velhos amargos, vítimas de si mesmos, das crenças errôneas que acumularam e deixaram que se cristalizassem.

Convoco os velhos como eu, ou mais velhos que eu, para exercerem seus direitos, esclarecer aos jovens suas posições e mostrar-lhes as verdades que viveram e que os tornaram melhores. Entreguemos o amor ao ser amado, sem vergonha e sem medo, e vivamos esse amor intensa e completamente, na alma e no corpo. Se disserem que idade não é documento..., mostremos que é sim, documento importante porque repleto de experiência e de aprendizagens muitas vezes à custa de sofrimento. Somos todos lindos, independente de aparência física, porque é linda nossa alma e linda a nossa coragem de amar! Portanto, não nos enterremos antes da hora. Vivamos, vivamos! No momento certo, outros nos enterrarão, gratos pelas lições que lhes deixamos.


:: Texto de Cora Coralina ::

Cora Coralina. Uma mulher que se descobriu poeta já bem velhinha, depois de uma vida de luta, inclusive com um casamento desastroso que ela carregou corajosamente. Só após a morte do marido, conseguiu se ver em sua enorme e verdadeira dimensão, como mulher e como poeta.

Cora Coralina quando escreveu essas palavras tinha o rosto enrugado, as mãos fragéis, o corpo consumido pela vida, mas tinha a alma lisa e pura, e tinha, ao escrever, a certeza de sua grandeza como ser humano.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

A cena do dia

No incio da tarde a moça encontrou um velhinho na praça de alimentação. O senhor estava sujo, com sacolas rasgadas e quase não tinha dentes na boca . Ele tomava alguma coisa. Logo se via que aquele ambiente de espelhos e perfumes não era o seu lugar habitual. Aquela cena lhe tomou a atenção. Enquanto acendia o cigarro observava o senhorzinho.Aquilo de alguma forma lhe emocionava.

O velhinho parecia tão satisfeito. Bem sentado, estava matando a fome.Via-se nos seus olhos deslumbramento. Ele demostrava satisfação em estar naquela situação.

A cena causou certa impressão na moça, sentou para fumar distante, mas , os olhos se prendiam naquela pessoa - apesar do movimentado ambiente. Depois de alguns minutos .. o senhorzinho se levantou e tirou do bolso sujo de areia dezenas de moedas. Pagou a conta!

Aquilo apertou o coração da moça. Pois lhe veio a mente lembranças do esforço para juntar seu primeiro monte de moedas quando criança para comprar figurinhas, balas, brigadeiros.. desejos de criança ! O sacrificio que faz para pagar o curso, as contas, o transporte .. "Como somos injustos!", pensou. Naquela situação ela enxergava um homem que tava obtendo com - talvez todas- as moedas o seu alimento do dia.

Satisfeito o velhinho levantou-se e caminhou com passos vagarosos, ombros pesados pela carga dos sacos e mochilas - ou era peso do mundo, Drummond? - e um sorriso de vovô (como posso explicar uma risada carinhosa ?) , que foi compartilhada com a moça que estava sentada do outro lado da praça. Eles celebram juntos a conquista do dia!

...
Mais tão rápido a moça conferiu no relógio, já passavam da hora. Corre! Corre! Vai chegar atrasada..

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Espírito livre



Como estou leve..
As obrigações cedem lugar ao prazer.
Olho para o relógio
e continuo no meu ritmo.
Sem pressa! Sem demora!
Apreciando a paisagem de cima
dos ombros, dos muros
mas com a vista fixa no horizonte
no ponto
entre a fé e a esperança.

.:Renata Mar:.

terça-feira, janeiro 17, 2006

Universo paralelo


Tem dias que custam a passar. Noutros os ponteiros percorrem os traços numa correria impressionante. Isso sempre acontece durante os últimos passos para chegar no trabalho, não é mesmo? Como essa briga diária com tempo me irrita! Variavéis. Sempre importantes. Mas tão imprecisas. Essa dualidade do tempo-espaço só nos deixa mais confusos.

::

Lua cheia minguando
trânsito mudando
Atenção!

::

>> A foto que está publicada peguei no site de uma amiga que me surpreendeu com as belas fotografias que está criando e produzindo. Dá uma conferida: www.fotolog.net/colliny

segunda-feira, janeiro 16, 2006

De bem com a vida

Falar menos. Ouvir mais.
Recusar a inveja.
Atingir metas.Conquistar objetivos.
Criar datas.Consiliar Prazeres.
Viajar.Namorar.Fazer amigos.
Relaxar!
Trabalhar.
Persistir.Refletir.Ter coragem.
Se recolher.Brotar.Aflorar.
Surtar ! Soltar ! Saltar!
Amarrar laços.Reforçar elos.
Fluir.Continuar.

Renovar. Acrescentar o for preciso.
Percorrer -
todas as etapas do
ciclo eterno,
feliz da vida!

(risadas escancarradas de contentamento)

.: Renata Mar :.

sábado, janeiro 14, 2006

A caverna de Platão

..
Chegou em casa e as paredes pareciam frias demais para o ambiente em que desejava encontrar.

Olhou em volta. Ligou a som. Deixou rolar um cd com vozes pra deixar que o ambiente se prencha de palavras.
Palavras para ocupar o espaço vazio do silencio que a pertuba.
Histórias para preencher seu dia tão sem detalhes.

Sentou. Fumou um baseado. E deixou que as horas passasem. Pensou em ligar para alguém. Mas não tinha novidades para contar.Então o que iria falar?

Sentou escreveu algumas palavras. Lembrou que sempre desejou ter uma vida normal. Mas já estava caindo no comum..

Levantou tomou um copo de água. O cigarro acabou!Olhou em volta. Rostos na parede.Luzes acesas por toda a parte para fugir da escuridão.

De repente viu um breve filme passar na sua cabeça: um grupo de homens, mulheres, crianças e velhos na caverna lutando para sobreviver da ventania que assobiava fora na floresta. Despertou a consciencia ! Da mesma forma ela ainda estava buscando aquela mesma segurança.

Agora diferente: casa, computador, avião, carro, estrada..mas a insaciavél busca. A incompreensivel insatisfação.A solidão constante continuavam lhe acompanhando como um (ini) amigo invisivél que você não espera aparecer.

.: Renata Mar :.

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E agora, deixa-me mostrar, por meio de uma comparação, até que ponto nossa natureza humana vive banhada em luz ou mergulhada em sombras. Vê! Seres humanos vivendo em um abrigo subterrâneo, uma caverna, cuja boca se abre para a luz, que a atinge em toda a extensão. Aí sempre viveram , desde crianças, tendo as pernas e o pescoço acorrentados, de modo que não podem mover-se, e apenas vêem o que está à sua frente, uma vez que as correntes os impedem de virar a cabeça.

Acima e por trás deles, um fogo arde a certa distância e, entre o fogo e os prisioneiros, a uma altura mais elevada, passa um caminho. Se olhares bem, verás uma parede baixa que se ergue ao longo desse caminho, como se fosse um anteparo que os animadores de marionetes usam para esconder-se enquanto exibem os bonecos.

[...] Pois esses seres são como nós. Vêem apenas suas próprias sombras, ou as sombras uns dos outros, que o fogo projeta na parede que lhes fica à frente."

:: Platão, República, Livro 7::