quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Meio da semana.

Dias atrás : amigos, filmes, almoço, faxina de leve, feira, TPM , irritação, DJ Dolores.
Dias a frente : menstruação, planejamento, viagem (astral e rodoviária), Cartas, Carnaval, muito trabalho, e ainda têm aula de direção.
E hoje?
Quem à habita é a historiadora
vasculhando o passado
para entender
o agora e o futuro que não passa.

Essa pressa pelo o instante seguinte, de onde vem? Pq corre mesmo sem saber em direção seguir? Quem vai guiar os passos? Onde encontrar a Rosa dos Ventos? Como calar esse choro preso na garganta? Com quem compartilhar a risada escancarada?Em que espaço ? Onde está o limite? Quem foi que desenhou ? Pq não avisou?

Olha em volta e vê muros cinzas com arame farpado. O lugar está frio e gelado. A racionalidade e o pensamento hora/produção atordoa. Já não sente as horas passar. Entra e sai das salas trancadas sem janelas e nem percebe o dia cair ou o preto da noite tomar o céu.

Já não olha as estrelas, quando levanta a cabeça encontra apenas fumaça vermelha e um céu negro . Se questiona e a cabeça não para de pensar .. pensamento paradoxais que sempre terminam com a exclamação "é!" de quem afirma e se contradiz.

São onze horas de uma quarta-feira de fevereiro que ainda não é "de cinzas" do Carnaval. É cinza da cor do concreto que ilha o abstrato. É cinza pálido da cor do jornal envelhecido e também cinza grafite onde brota o diamante.

.:Renata Mar:.

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