sexta-feira, agosto 18, 2006

Um filme, uma música, uma história

Um momento de descontração na gravação do filme Jesuíno Brilhante , rodado no interior do Estado no ano de 1972.

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Jesuíno

Riograndino comedor de camarão
Minha nação é a tribo potiguar
Maçaranduba, quixaba
Manipoeira, estrada

Lamparina, “chucai véi”
Lazarina, caçuá

Do folclore vim do livro de Cascudo
Meu violão não é mudo
anto madrigal

Deus do mar

Abraça meu torrão natal


Tonheca sopra no vento a canção

Djalma estrela nova a guiar
Sou pirilampo, passista, araruna

Mestre Lucarino e seu cantar

Assis Marinho uma ceia noutro plano

Zila Mamede nos braços do oceano

Sou João Gualberto

Sou potiguarino

Sou quem mata a fome

Eu sou Jesuíno
Eu não tenho nada
Só sei cantar
Na canção da estrada desanuviar


::: Zé Fontes/Tertuliano AIres :::

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Para Câmara Cascudo, Jesuíno "foi o cangaceiro gentil-homem, o bandoleiro romântico, espécie matuta de Robin Hood, adorado pela população pobre, defensor dos fracos, dos velhos oprimidos, das moças ultrajadas, das crianças agredidas (...) Baixo, espadaúdo, ruivo, de olhos azuis, meio fanhoso, ficava tartamudo quando zangado. Homem claro, desempenado, cavaleiro maravilhoso, atirador incomparável de pistola e clavinote, jogava bem a faca e sua força física garantia-lhe sucesso na hora do "corpo a corpo". Era ainda bom nadador, vaqueiro afamado, derrubador e laçador de gado.
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O Cangaço foi um fenômeno ocorrido no nordeste brasileiro de meados do século XIX ao início do século XX. Os cangaceiros eram grupos de bandidos que viviam do crime: assaltavam fazendas, seqüestravam coronéis (grandes fazendeiros) e saqueavam comboios e armazéns. Não tinham moradia fixa: viviam perambulando pelo sertão, praticando tais crimes, fugindo e se escondendo.

Os cangaceiros conheciam a caatinga e o território nordestino como ninguém, e por isso, era tão difícil serem capturados pelas autoridades. Estavam sempre preparados para enfrentar todo o tipo de situação. Conheciam as plantas medicinais, as fontes de água, locais com alimento, rotas de fuga e lugares de difícil acesso.

O primeiro bando de cangaceiros que se tem conhecimento foi o de Jesuíno Alves de Melo Calado, "Jesuíno Brilhante", que agiu po volta de 1870. E o último foi de "Corisco" (Christino Gomes da Silva Cleto), que morreu em 1940. Mas o cangaceiro mais famoso foi com certeza, Virgulino Ferreira da Silva, o "Lampião", que atuou durante as décadas de 20 e 30 em praticamente todos os estados do Nordeste brasileiro.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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