
Sobe escada. Desce passarela. Atravessa túnel. Pra lá e pra cá. Pra cá e pra lá. Última chamada. O terceiro apito. Todo mundo vestido pelo frio. Ou é um chic sobretudo da botique dos shoppings ou um casaco comprado no camelô do centrão ou simplesmente feito pela situação como um velho tapete enrolado no mendigo da esquina. São Paulo dos contrastes! Dos prédios imperiais e dos camelôs incontáveis. Avenida Paulista, coração do centro econômico brasileiro, cercada pela informalidade.
Uma semana de junho. Dois dias no parque. Sete dias nas avenidas e passagens subterrâneas. Uma entre mais de 36 milhões que circulam. Num lugar escolhido entre mais de 645 possibildades. Um olhar a observar telas, esculturas, pixachões, construções e pessoas. Um olhar com sede. Um olhar encandeado e deslumbrado com luzes. Um olhar apaixonado pela arte que brota nos murros das calçada. Um olhar atento aos quadros expostos. Referências, influências de um passado que ainda está sendo contado.
São Paulo, parte da história do Brasil contada pelos estrangeiros. Cidade-berço da urbanização brasileira. Do Povoado São Paulo de Itapetininga à Vila São Vicente, depois o impulso das “bandeiras” e a chegada da corte real à explosão de urbanização na cidade. Jardins, prédios, estações, trens, escolas, viadutos, carros, quartéis, igrejas, cadeias, fábricas, estradas e imigrantes invadiram São Paulo por todos os lados e em todas as direções. Cenário cotidiano.
São Paulo do 2 reias. Das inúmeras baldeações. Do fluxo de carros e pessoas. São Paulo do pão caro.Do chão sujo. Do paracetamol.Do sem- horizonte. Cidade em que os museus falam sobre.. os prédios que contam a história de.. São Paulo cidade de um passado transformado, de um presente excêntrico e um futuro apressado. Sampa da gente. De mil coisa e de coisa nenhuma. Sampa das grandes obras, dos grandes destaques. São Paulo do superlativo.
São Paulo de uma semana. De arte intrínseca. De povo comum e corajoso . De serras, florestas e território tupi-guarani. São Paulo dos contornos urbanos. Dos muros e classes. Cidade dinâmica. Cenário dos grandes espetáculos. Dos desconhecidos. Dos independentes. Da vez. Parada obrigatória. Lugar da miscelânea cultural. Estação de trabalho. São Paulo dura realidade. Um lugar de passagem.Vagão maior da locomotiva do Brasil.
2 comentários:
quando eu fui a sao paulo pela primeira vez, passei tres dias saindo de guarda-chuva crente que ia chover, mas tava um sol loko, mano! e só eu que não via.......
No conozco Sao Paulo. Conocí Rio, Bahí y Iguassú... Me falta Fortaleza y Natal. Sao Paulo no me interesa. Besos.
Postar um comentário